Comida de piranha? Como pedaço de pé foi parar dentro de tanque em Bioparque
Entenda como o pé foi parar dentro de recinto no complexo de aquários em Campo Grande
| MIDIAMAX/JOãO RAMOS
Visitantes que passearam no Bioparque Pantanal na última semana foram surpreendidos com uma cena bastante inusitada no complexo. Isso porque, dentro de um dos tanques, havia o pedaço de um pé, fazendo alguns internautas que viram a imagem acreditarem que se tratava de comida para as piranhas.
No entanto, não é nada disso. O pé é fake e fez parte da temática preparada pelo aquário para o dia de Halloween. Além disso, o objeto que simula o membro do corpo humano com sangue e fratura exposta não foi jogado no tanque das piranhas, mas sim no das piramboias.
A brincadeira apareceu brevemente em um dos vídeos publicados pelo próprio complexo para mostrar os detalhes do Dia das Bruxas no local e o pezinho dentro da água não passou despercebido. Por lá, tudo foi pensado para deixar o ambiente mais aterrorizante possível na data temática.
O pé foi colocado num recinto especial e pequeno, de manejo mais simples, no meio do circuito, onde “moram” as piramboias. Sem nenhuma relação com as piranhas, que são carnívoras, as piramboias são uma espécie aquática inofensiva, também conhecida como peixe-cobra. Além disso, ainda que vivam na água, podem morrer afogadas.
Isso ocorre porque o animal é um peixe ósseo pulmonado, o que significa que respira através de pulmões primitivos e precisa subir à superfície em busca de oxigênio.
Conforme o Bioparque, a piramboia é considerada um fóssil vivo “por ser a possível transição entre os peixes e anfíbios, apresentando tanto a respiração branquial como a pulmonar em diferentes fases da vida”.
Já em relação às piranhas, ao menos no complexo, elas se alimentam basicamente de ração, insetos aquáticos, crustáceos, partes de nadadeiras, escamas de outros peixes e NÃO de pedaços do corpo humano, como alguns pensaram.
À reportagem, o Bioparque Pantanal explica que, como a espécie é monitorada, os biólogos mergulhadores que fazem a limpeza do tanque não sentem receio de nadar com esses peixes.
O empreendimento também ressalta que os ataques a humanos costumam acontecer quando há a ocorrência de algum sangramento, o que não é o caso do Bioparque, pois os mergulhadores responsáveis pela manutenção dos recintos das piranhas passam por uma série de protocolos de segurança antes de entrar na água, para garantir o bem-estar dos peixes e jacarés que dividem o espaço, mas também para a assegurar a própria integridade física.
Conforme explicado à reportagem, os animais do local já estão acostumados com a presença dos biólogos embaixo d’água, até porque alguns deles já nasceram ou cresceram em ambiente controlado, o que dificulta o desenvolvimento do instinto do ataque.
Além disso, o fato dessas espécies receberem diariamente a melhor alimentação contribui para o desinteresse por refeições carnívoras.
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