Valdemar Costa Neto fala sobre a volta de Trump à Presidência dos EUA e admite preocupação com eleições no Brasil
“Para nós, aqui, é importante falarmos que o Jair Messias Bolsonaro se dá muito bem com ele, o Eduardo também, e isso será muito benéfico para o Brasil”, resumiu Costa Neto
| MIDIAMAX/SCHIMENE WEBER
O presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, falou, durante a tarde desta quarta-feira (6), em entrevista ao UOL, sobre a volta de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos da América. “A América do Norte é muito diferente de nós. Você viu por quantos processos o Trump passou, quantos problemas ele teve, e mesmo assim ele pôde ser candidato e teve sucesso. Incrível. Eu estava preocupado com a eleição dele, porque a Kamala tinha um passado maravilhoso. Uma mulher de sucesso, de respeito. Para nós, foi muito importante. Acompanhamos a noite toda”, explicou.
Ao continuar a comentar o processo eleitoral americano, Valdemar foi enfático ao dizer que a Direita do mundo inteiro se beneficia com esse resultado. “Com essa vitória, deu para perceber que o Trump vai se ajustar bem, vai tomar todas as providências que precisa tomar, porque ele estava assustando um pouco o eleitor. Para nós, aqui, é importante falarmos que o Jair Messias Bolsonaro se dá muito bem com ele, o Eduardo também, e isso será muito benéfico para o Brasil”, resumiu.
Ele ainda ressaltou que não tem dúvidas de que Trump seguirá a onda da Ultra-Direita. “Isso tá crescendo no mundo todo. Isso começou com o Bolsonaro e o que aconteceu? Isso se espalhou pelo mundo. É impressionante. O Bolsonaro sempre foi de Direita, desde que o conheço, e todo mundo observava que ele era diferente. Mas ele nunca pôde colocar suas ideias. E o tempo passou, até que ele foi descoberto, com um carisma inexplicável. Se alguém é tão carismático quanto ele, essa pessoa ainda não foi descoberta”, comentou.
Costa Neto foi enfático ao dizer que Bolsonaro terá muita força política a partir da eleição do Trump. “Juridicamente falando, acredito que não vai mudar muito. O Supremo não vai mudar o posicionamento por conta da eleição americana. Mas, pensando sobre uma anistia, podemos ter esperanças de que o Bolsonaro possa concorrer às próximas eleições”, encerrou.
Em entrevista ao Canal UOL, garantiu, em uma de suas falas, que Jair Messias Bolsonaro ainda é uma figura que reúne toda a Direita Brasileira – sem ameaças de outras figuras políticas da mesma ideologia.
“O Bolsonaro é o candidato. Nós não temos ninguém no Brasil que tem o prestígio pessoal do Bolsonaro. Ele tem 40% de intenção de voto. Pesquisa publicada, pesquisa que nós fizemos, ele tem esse percentual. O que precisamos é aumentar esse percentual, porque isso [os 40%] não ganha eleição. Essa é minha grande dificuldade com o partido, porque temos que articular com outros partidos e trazer essas pessoas que apoiam o Bolsonaro para o nosso lado, também. Não pode ser só o PL”, citou.
Durante a entrevista, ele também garantiu que a eleição serviu para mostrar que ouve uma “ventania” conservadora, mas que também recusou a ultra-direita. “A Direita precisa se aproximar do Centro. Eu estou trabalhando isso dentro do partido. Temos que conduzir essa aproximação com jeito. Eu preciso conversar com o Bolsonaro para isso”, explicou Costa Neto.
De acordo com levantamento, o PL chegou a 517 prefeituras. “A gente achou que chegaria até 1.000 prefeituras. Chegamos a 517. Foi o partido que mais fez voto na eleição. Em determinado momento, começou a ter fila para o pessoal entrar no partido em cidades pequenas, mas depois a gente não poderia atender. Então, preferimos pensar em 1.000 e fizemos um pouco mais de metade disso. Minha previsão foi equivocada, mas o nosso resultado, de forma geral, foi muito bom”, disse.
Questionado a respeito de uma nova figura para reunir a Direita, Costa Neto foi categórico ao dizer que, no momento, o ex-presidente Bolsonaro não pensa nisso. “O Bolsonaro não é uma pessoa normal como nós. Um camarada que chega em qualquer aeroporto do Brasil, se souberem que ele tá lá, lota. Aonde ele vai, você viaja com ele, você não sabe o que é… Você fica atrás e não consegue andar mais. Você vai para onde o povo te leva. Então, para ele desistir, só se alguma coisa muito séria acontecer”, explicou.
Durante a entrevista, Valdemar ainda foi categórico sobre as possibilidades de prisão do ex-presidente da república. “Se ele for preso, quem ele apoiar, tá eleito com 60%. Você pode ter certeza disso”, encerrou.
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